Música como linguagem

Nos últimos tempos vem crescendo muito a discussão se música é ou não linguagem; sendo, se ela é verbal ou não. Aqui abordaremos a música como linguagem, onde ela pode ou não ser usada como tal. A música pode ser usada como linguagem universal, como uma expressão de sentimentos, como comunicação entre paciente e musicoterapeuta, (neste caso, na prática da musicoterapia), entre outros.

Algumas definições:

Linguagem é qualquer e todo sistema de signos que serve como meio de comunicação de idéias ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos, gestuais etc., podendo ser percebida pelos diversos órgãos dos sentidos, o que leva a distinguirem-se várias espécies de linguagem: visual, auditiva, tátil, etc., ou, ainda, outras mais complexas, constituídas, ao mesmo tempo, de elementos diversos. Os elementos constitutivos da linguagem são, pois, gestos, sinais, sons, símbolos ou palavras, usados para representar conceitos de comunicação, idéias, significados e pensamentos

Música é a arte dos sons, combinados de acordo com as variações da altura, proporcionados segundo a sua duração e ordenados sob as leis da estética.

A ‘língua’ musical consiste em combinações e sucessões de sons, diversamente articulados; a unidade elementar, o som, não é um signo; cada som é identificável na estrutura da escala da qual ele depende, não sendo dotado de significação.



Para que a música possa ser considerada como linguagem ela deve transmitir alguma mensagem para o ouvinte ou “performance”. Mas antes de uma música ser transmitida, ela é escrita por um compositor, onde ali ele expressa seus sentimentos ou não. Ex: quando um compositor escreve uma música com o único objetivo de trabalhar técnicas. Mas mesmo neste caso o compositor pode estar expressando sentimentos. Nem toda música é completamente dotada de sentimentos, pois existem algumas regras a serem seguidas em composições, impedindo as vezes que seja usado tudo o que o compositor deseja.
A música é considerada uma linguagem universal, pois em todos os lugares do mundo ela pode ser entendida como tal, mesmo com as características de cada lugar. Cada país tem um determinado modo de usar ritmos, timbres, escalas e outros, mas mesmo com essas diferenças quem qualquer lugar que estejamos podemos saber se determinada seqüência de sons é considerada música ou não.
Os sons como sendo a base da formação musical, estão presentes em nossa vida desde antes de virmos ao mundo, pois quando estamos no ventre materno já podemos escutar os sons do interior do organismo, como os sons viscerais e as vibrações das cordas vocais que nos ensinam desde muito cedo a reconhecer a voz da nossa mãe, e assim se torna um linguagem pois transmite ao bebê saber ( de quem e sua mãe e de como é o mundo em que ele vai viver).
Na musicoterapia e música é utilizada como forma de comunicação entre musicoterapeuta e paciente; podendo ser através de improvisações musicais onde um pergunta e o outro responde e assim se consiste uma “conversa” entre ambos. O significado da música se torna a expressão de afetos conotados e não denominados.



A música pode significar diversos fatores dependendo do estado emocional do ouvinte, se hoje eu estou alegre, uma música alegre pode me fazer bem, mas se eu estou triste esta pode me causar uma reação ruim Pode não estar fazendo parte da minha realidade naquele exato momento, como também pode me fazer alegre fazendo com que eu esqueça da causa da minha tristeza.
Somente a linguagem musical é capaz de transmitir mensagens através de sons; as pausas (silêncios), os movimentos de crescendo e determinadas seqüências de notas; essas características adquirem juntas uma forma de expressão única e exclusivamente musical, que nem a linguagem verbal ou qualquer outra é capaz de alcançar.
Bibliografia

FERREIRA, Ana Cláudia Fernandes. A música: uma linguagem.
PRIOLLI, Maria Luiza de Mattos. Princípios da música para a juventude. Volume 1, Ano 2005
BARCELLOS, L. R. M. e SANTOS M. A. C. A. A natureza polissêmica da música e musicoterapia


Por Mayara Kelly
Cursando Musicoterapia na Universidade Federal de Goiás e Coordenadora Ministerial de Louvor da Segunda Igreja Batista no Garavelo em Goiânia.

Um comentário:

Unknown disse...

Pensei que você não tinha colocado...acho que me enganei.